A conclusão do parecer do Ministério da Agricultura que pode dar validação técnica para a retirada da vacina contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul está prevista ainda para este ano. Pelo menos essa é a intenção da pasta, conforme relata o superintendente regional, Bernardo Todeschini:
— A previsão da Secretaria de Defesa Agropecuária é de que saia até o final do ano. Está em fase de revisão.
A perspectiva também é confirmada pelo secretário da Agricultura do Estado, Covatti Filho.
— Há interesse do ministério em nos mandar até o final do ano. No máximo, no início do próximo — afirma.
Na prática, um relatório favorável é o primeiro passo no caminho para suspender a imunização dos rebanhos gaúchos de bovinos e bubalinos. A avaliação tem como base vistoria realizada no mês de setembro, quando diferentes aspectos da estrutura de defesa animal foram avaliados de perto por auditores designados pelo órgão federal. Apontamentos preliminares foram encaminhados à secretaria estadual, que já deu resposta ao ministério.
— Se conseguirmos o aval e a sugestão de retirada fora acolhida no Estado até maio, saímos junto com o Paraná — observa Covatti Filho.
Maio é quando ocorre oficialização do pedido de mudança de status sanitário na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). E é o mês da primeira etapa da campanha de imunização contra a doença. Os paranaenses já deixaram de vacinar em novembro deste ano.
Até lá, e se optar por também deixar de vacinar, o Rio Grande do Sul precisa trabalhar em 18 itens apontados pela auditoria. Um deles é o déficit de servidores. O Estado avalia a possibilidade de contratação de terceirizados, com posição devendo sair até fevereiro. Também está negociado com o ministério a liberação de R$ 3,5 milhões para a compra de equipamentos e para custeio na área de defesa.
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