A volta do tempo seco faz acelerar o trabalho das máquinas nas lavouras de arroz. Sobretudo na Região Central, onde há o maior atraso no plantio da cultura. Apenas 17% da área estimada já foi semeada. No Estado, o percentual é de 64,4%, segundo o balanço mais recente do do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).
— O que nos segurou muito foi o tempo. Nas lavouras mais altas, o pessoal já está conseguindo plantar. Nas partes mais baixas, ainda tem enchente — relata Jair Leandro Buske, produtor em Agudo e diretor da Federação das Associações de Arrozeiros (Federarroz) na região.
Mesmo com a trégua da chuva, não foi possível finalizar o cultivo dentro do prazo estabelecido para o Rio Grande do Sul no zoneamento agrícola de risco climático. O período se encerrou no último dia 15. Por isso, o Irga solicitou ampliação, de 20 dias.
A resposta ao pedido entregue ao Ministério da Agricultura é esperada para a próxima semana. A medida tem sido recorrente. Segundo a Federarroz, foi necessária nas últimas três safras.
— O certo seria esticar o calendário de plantio. Viemos atuando no emergencial faz tempo — afirma Alexandre Velho, presidente da entidade.
A semeadura no período estabelecido pelo ministério garante a cobertura do seguro em caso de perdas — que não existe se for feita fora dessa janela. Mas o prazo extra, se vier, não evitará perdas. É que o momento do plantio determina quando a lavoura chegará no período reprodutivo, quando a radiação solar é fundamental para o desenvolvimento da planta.
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