
Caberá à Polícia Civil a decisão de solicitar ou não perícia no caso de mortandade de abelhas registrado em Linha Progresso, interior do município de São José das Missões, no norte do Estado. A ocorrência foi registrada pelo comando ambiental da Brigada Militar de Frederico Westphalen, que terminou o levantamento de perdas nesta quinta-feira (03). A suspeita é de que a aplicação incorreta de um inseticida em lavoura de soja da região tenha sido a causa da morte.
Segundo a soldado Juliana Celita Lahr, comandante do comando ambiental da BM de Frederico Westphalen, quatro propriedades fizeram ocorrência. As partes foram ouvidas pelos policiais.
— Os apicultores relataram suas suspeitas, e o proprietário da lavoura confirmou o uso do inseticida, mas alega que a pessoa que o orientou não disse que mataria abelhas. Acredita-se que não foi intencional — explica a soldado.
A ocorrência e todo o levantamento fotográfico serão encaminhados para o delegado de polícia, que decidirá se solicita ou não perícia.
— Fizemos tudo que estava ao nosso alcance. Há todo o prejuízo aos agricultores, mas também o dano ambiental — pondera Juliana.
Engenheiro agrônomo e extensionista rural da Emater, Mairo Piovesan diz que o órgão tem atuado na orientação dos apicultores e dos produtores de grãos no manejo das atividades. Seriam 200 colmeias mortas — no registro da BM, a informaçãoé de que 82 caixas de abelhas foram atingidas.
— Fomos comunicados pelos apicultores do município sobre o problema — relata Piovesan.