A entrada de investidores de outros segmentos na arena do cavalo crioulo alimenta perspectivas de recuperação do faturamento nos leilões da raça na 41ª Expointer. Responsável por cinco remates que serão realizados no período da feira, a Trajano Silva está reeditando o Padrillos, que marcou época em 2013 ao alcançar faturamento de R$ 3,2 milhões. Desta vez, a ideia é transformar a pista em uma espécie de máquina do tempo.
– A oferta será uma síntese da genética e expertise de grandes cabanhas e garanhões. Serão 10 anos em um – compara Gonçalo Silva, ao afirmar que uma espécie de resumo da evolução da raça estará em pista.
Para esta segunda edição optou-se por versão mais enxuta: serão 28 lotes. Mas a lista inclui verdadeiras celebridades da raça. Estará à venda, por exemplo, uma cota de JLS Hermoso, animal que segue ostentando o título de o mais valorizado exemplar crioulo: a comercialização de cota em 2014 o fez alcançar avaliação de R$ 16,25 milhões.
Também estará à venda uma cobertura de Equador de Santa Edwiges, cavalo vendido por cifra histórica de R$ 6,97 milhões – e que acabou morrendo um mês depois.
Com um leilão a menos no calendário da feira, em relação a 2017, Gonçalo prevê receita 15% menor do que no ano passado considerando os negócios da leiloeira. De forma geral, o cavalo crioulo representa entre 75% e 80% da venda de animais na Expointer.
Depois de alcançar a cifra de R$ 12,03 milhões em 2015, teve recuo para R$ 8,79 milhões em 2016 e R$ 7,84 milhões no ano passado.