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A pecuária de corte ganhou uma nova ferramenta. O Observatório Gaúcho da Carne, que vinha sendo construído nos últimos seis meses, foi apresentado nesta quinta-feira (15). Trabalhando com o conceito de big data (tecnologia para processar e tratar de grandes quantidades de dados), o portal está ao alcance de um clique. E é considerado o primeiro passo na direção de ideias mais ambiciosas: a de ter uma Agência Gaúcha da Carne e um selo de identificação para o produto.
Por enquanto, o que se fez foi agrupar estatísticas de diferentes áreas, da produção ao abate.
– Não coletamos, conectamos os dados. O observatório não tem opinião política sobre nada. É um autosserviço – afirma a veterinária Andréa Veríssimo, coordenadora do projeto.
Para construir a plataforma, foi feita pesquisa com 350 pessoas do setor. Elas foram questionadas sobre quais cenários gostariam de ver contemplados no site. A partir daí, começou o trabalho de agrupamento e de "leitura" dessas informações – a partir de números fornecidos por órgãos como IBGE e Secretaria da Agricultura. No total, foram reunidos 883,67 milhões de dados, que se converteram em 11 tópicos.
– Transformamos o big data em beef data – compara Andréa.
A plataforma foi construída em parceria por Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Sindicato das Indústrias de Carnes do RS (Sicadergs) e Secretaria da Agricultura. Os recursos para o desenvolvimento do projeto – cerca de R$ 300 mil – vieram do Fundesa.
– O trabalho é coordenado pelo setor privado, com apoio dos nossos técnicos – explica o secretário Ernani Polo.
Para o presidente do Sicadergs, Ronei Lauxen, a ferramenta "é uma semente a ser utilizada com muita inteligência, para que se possa discutir o setor".
– Isso precisa se transformar em conhecimento que nos ajude a tomar decisões – acrescentou Gedeão Pereira, presidente da Farsul.
A Agricultura garante que as entidades desejam dar continuidade ao projeto. A picanha fundamental – alusão à pedra fundamental – foi lançada na Expointer. Agora, o churrasco está no fogo. É preciso seguir cuidando para que possa ser servido no ponto certo.