Depois da polêmica suspensão da exportação de animais vivos no Brasil, no início do mês, os negócios envolvendo embarque de gado em pé seguem movimentando os portos, inclusive o de Rio Grande. Dados da superintendência mostram que 7.082 animais foram exportados no terminal gaúcho no primeiro mês do ano. As projeções apontam que esse tipo de negócio deve crescer até 30% neste ano. Em 2017, o Estado viu quase dobrar o número: foram 85,3 mil cabeças ante 46,48 mil em 2016.
Entre os principais compradores está a Turquia, destino do navio que zarpou de Rio Grande. O médico veterinário Alexandre Prates Machado, da trading World Meat Suply, acompanhou todo o processo, do fechamento do negócio ao desembarque dos animais. Sobre a condição do gado no trajeto (argumento de ONGs que recorreram à Justiça, obtendo a liminar de suspensão do início do mês), afirma:
– Entrei no navio, olhei os animais. Tudo é feito respeitando ao máximo o bem-estar animal, desde a entrada, até a forma como são acomodados. Durante a viagem, o gado ganha peso. Nenhum animal que estivesse sofrendo, ganharia peso.
Na chegada à Turquia, o gado vai direto para os confinamentos.