O registro de um caso da chamada doença da língua azul em ovino de propriedade experimental da Universidade Federal de Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul, levou à interdição do local por um ano. E durante 60 dias (a contar da confirmação do caso), outras fazendas localizadas em um raio de 150 quilômetros não poderão exportar terneiro em pé (vivo) para a Turquia. A determinação vem do acordo comercial que o Brasil tem com esse país.
O nome curioso é dado em razão da característica marcante da doença: o animal fica com a língua maior e de coloração azulada (veja detalhe). Embora infecciosa, não é contagiosa. É preciso um vetor para que seja transmitida _ no caso, um mosquito. Também não é transmitida a humanos.
– O animal tem dificuldade de deglutir – explica Antonio Carlos de Quadros Ferreira Neto, diretor do Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura.
A confirmação do diagnóstico veio no dia 2 de dezembro de 2017, com exame de coleta de sangue. Segundo Ferreira Neto, foi o único caso em todo o ano passado. A ocorrência anterior era do ano de 2015. O animal que teve a doença já passa bem.
Apesar da restrição comercial temporária, a secretaria não vê motivos para preocupação.
– É um caso isolado – confirma Fernando Groff, coordenador do Programa de Erradicação da Febre Aftosa da Secretaria da Agricultura.