Um dos maiores compradores de maçã do mundo, a Índia autorizou a importação da fruta do Brasil por meio de tratamento a frio no pré-embarque e em trânsito, por 40 dias. Antes, a exportação era possível apenas com uso de brometo de metila – substância que encurtava a vida útil do produto, inviabilizando os negócios com o país asiático.
– Há quatro anos os indianos tentavam comprar maçã brasileira em maior volume, mas não conseguíamos transpor barreiras técnicas, resolvidas agora – comemora Pierre Nicolas Pérès, presidente da Associação Brasileira de Produtores de Maçã.
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Embora seja produtora de maçã, a Índia tem deficiência logística para conservar a fruta fora do período de safra – quando importa o produto principalmente da China, Estados Unidos e Chile.
– É um mercado muito interessante, que em poucos anos tende a ser um dos mais importantes para a maçã brasileira – projeta Pérès.
Os primeiros embarques devem ocorrer a partir de janeiro de 2018, quando entrará a nova safra brasileira. Hoje, o principal destino das exportações da fruta é Bangladesh (cerca de 35% do total), vizinho da Índia. As vendas externas respondem por menos de 10% da produção nacional. A última safra chegou a 1,3 milhão de toneladas, com o Rio Grande do Sul respondendo por 48% do volume.