Será com o abate de cem animais que a Marfrig retomará na quinta-feira (31) as operações do frigorífico localizado em Alegrete, na Fronteira Oeste. Na quinta, será igual quantidade e, na segunda, a projeção é de avançar para 600 cabeças. Na terça-feira (29), a empresa recebeu da Fepam a licença de operação de regularização para voltar a funcionar, e deu início à compra de animais. A reabertura da unidade irá trazer de volta cerca de 600 empregos.
– A gente correu muito para eles poderem começar a abater. Demos nova licença e prazo para irem se ajustando – explica a secretária do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Ana Pellini.
Segundo o Sindicato das Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do município, até 70% dos trabalhadores que haviam sido demitidos retornarão às funções. A empresa teria investido aproximadamente R$ 10 milhões para deixar a planta novamente em condições de funcionar.
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– Acreditamos que, com todo esse esforço, agora vieram para ficar – estima Marcos Rosse, presidente do sindicato.
A unidade havia fechado as portas em dezembro do ano passado, depois de longa novela de idas e vindas, demitindo 648 pessoas. Na época, a empresa argumentava que a falta de produto – ou seja, de animais – havia motivado a decisão.
Mas a planta de Alegrete é estratégica: é a única no Estado habilitada a realizar embarques para a China. E o escândalo das delações da JBS criou, para a então maior processadora de proteína animal do mundo, uma crise de imagem, abrindo um vácuo no mercado nacional e internacional.