Para preencher a lacuna de informações detalhadas do Censo Agropecuário 2017, que começa a ser realizado neste ano, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) irá criar a Pesquisa Nacional de Atividade Agropecuária (Pnag). Prevista para iniciar em 2021, a pesquisa amostral será aplicada anualmente – em modelo semelhante à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
– Em 10 anos, período em que os censos são aplicados, as mudanças são muito grandes no campo. As amostras buscarão atualizar o retrato da agropecuária brasileira, aumentando o nível de detalhamento – explica o gerente técnico nacional do Censo Agropecuário do IBGE, Antônio Carlos Florido.
Por abrangerem um universo bem menor de propriedades, as pesquisas amostrais têm custo muito inferior a um censo. O modelo da Pnag será definido após a conclusão do Censo Agropecuário, previsto para o final de 2018.
Com um questionário mais enxuto, devido ao corte orçamentário no ano passado, o IBGE começará a coleta de dados em 1º de outubro. Ao longo de cinco meses, recenseadores visitarão cerca de 5,3 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o país – levantando informações como área, produção, pessoal ocupado, irrigação e uso de agroquímicos. No Rio Grande do Sul, a estimativa é 425 mil propriedades. Mais de 1,6 mil agentes censitários irão a campo no Estado.
– O censo fará uma fotografia do Brasil rural naquele momento da coleta. Com a amostra anual, poderemos atualizar o retrato e oferecer informações atualizadas para a formação de políticas voltadas ao setor – resume Florido.
*Interina