No comando do Banco do Brasil, que responde por 60% do crédito agrícola no país e no RS, Paulo Caffarelli fez nesta quarta-feira uma visita ao parque Assis Brasil.
Produtores afirmam que os bancos estão mais seletivos nos financiamentos agrícolas. O crédito está restrito?
Estamos saindo de uma crise que passou de 20 trimestres. Em 2009, não bateu cinco trimestres. Naquela época, 380 empresas foram à recuperação judicial. Agora, quase 4 mil. É natural que bancos fiquem mais conservadores. Quem tem histórico de bom pagador, jamais terá dificuldades de tomar crédito. Isso tem acontecido muito por conta desse conservadorismo a mais, mas não tenho dúvidas, de que conseguimos cobrir boa parte das demandas.
Qual a projeção de crédito neste ciclo de safra cheia, mas bolso vazio?
O BB aplicou na safra passada em torno de R$ 72 bilhões. Na atual, são R$ 103 bilhões, incremento de cerca de 40%. Se observamos o histórico das commodities, veremos que todo ano há oscilação. Isso é definido dentro de uma característica de demanda mundial. O que entendo que o Brasil tem de fazer é cada vez ter mais competitividade, de forma que o preço que se pratique naquele momento seja atrativo para o segmento. Como? Desburocratizando, criando trabalho forte na logística.