A tão aguardada chuva após o julho mais seco das últimas décadas amenizou a situação da agropecuária no Rio Grande do Sul, mas não resolveu por completo a baixa umidade do solo. Apesar de uniforme na maior parte do Estado, a precipitação variou entre 20 e 30 milímetros, segundo a Emater.
– É pouco se compararmos com o déficit de umidade acumulado na terra – diz Rogério Mazzardo, gerente técnico adjunto da Emater.
Na região de Passo Fundo, o mês de julho foi o mais seco desde 1951, conforme informações da Embrapa Trigo. Segundo Ivegdonei Sampaio, observador meteorológico, foram registrados apenas 21 milímetros na região de Passo Fundo – contra 18 milímetros na década de 1950. A precipitação na madrugada desta quinta-feiraem foi de 34 milímetros.
– Amenizou a situação por uns dias apenas, é preciso mais umidade – reforça Sampaio.
A falta de chuva tem prejudicado o desenvolvimento das lavouras de inverno, como trigo, canola e cevada (foto). Em alguns casos, as perdas são consideradas irreversíveis, segundo a Emater. Há preocupação também com as pastagens de inverno – com problemas na produção leiteira e de bovinos de corte.
– Os animais que estão na engorda poderão não atingir o peso final esperado até o começo da safra de verão – completa Mazzardo.
*Interina