Criado com a proposta de incentivar a diversificação de culturas, o programa milho, feijão e soja após o tabaco deverá gerar neste ano receita bruta de
R$ 287 milhões no Estado. Somados os três Estados do Sul, essa quantia sobe para R$ 600 milhões, segundo levantamento feito pelo SindiTabaco (veja quadro). A iniciativa inclui ainda as pastagens, mas o rendimento financeiro não foi incluído no cálculo, porque a maior parte costuma ser direcionada ao consumo dos animais da propriedade.
A abertura oficial da colheita da safrinha foi realizada ontem, na propriedade do agricultor André Dupont, no interior de Rio Pardo. Na próxima semana, será vez dos catarinenses e paranaenses darem início aos trabalhos.
– É um programa de diversificação que agrega renda ao produtor e mantém o solo protegido, favorecendo a propriedade como um todo – avalia Iro Schünke, presidente do SindiTabaco.
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O projeto existe há mais de 30 anos. Começou inicialmente com uma empresa e desde 2014 passou a ser realizado via sindicato das indústrias, com a parceria de governo do Estado, Associação dos Fumicultores do Brasil, Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS) e Federação da Agricultura do Estado.
O principal produto após o tabaco segue sendo o milho. Dos 96,62 mil hectares cultivados no Estado, 62,77 mil são ocupados com o grão.