O maior processamento de uva em 30 anos – 22 milhões de quilos –, após quebra de 60% da safra em 2016, é comemorado na Cooperativa Vinícola Garibaldi, na Serra.
– É o número que precisávamos, pois nos permite recompor estoques e garantir oportunidade de crescimento de participação de mercado – conta Alexandre Angonese, diretor administrativo da cooperativa.
Os baixos volumes, a alta de custos e a crise econômica impactaram o setor vitivinícola em 2016.
Na Garibaldi, foi possível driblar os efeitos e aumentar em 11% o faturamento bruto, que chegou a R$ 121 milhões, alavancado pela venda de espumantes, que cresceu 17%. Mas nos sucos – carro-chefe da empresa, com participação de 40% – houve retração de 14%.No setor, o tombo foi de 20%.
Com o bom resultado desta safra, inclusive em concursos internacionais, a marca intensificará a produção de espumantes. Serão investidos R$ 3 milhões na ampliação da capacidade produtiva e em melhorias tecnológicas. Hoje representando 25% do faturamento da cooperativa, os espumantes devem chegar a 35% até 2020. Os resultados foram apresentados aos produtores em assembleia geral, na sexta-feira.
Com as últimas uvas da safra 2017 sendo colhidas no Estado, o Instituto Brasileiro do Vinho projeta colheita de 700 milhões de quilos. O total superou a estimativa inicial, de 600 milhões de quilos, e representa aumento de 133% sobre a vindima de 2016, quando houve diminuição de 57% da safra.