O fluxo de navios carregados com soja no porto de Rio Grande voltou ao normal nesta sexta-feira. Quatro graneleiros saíram ainda de madrugada. No total, cinco embarcações ficaram paradas de segunda a quinta-feira devido às condições meteorológicas desfavoráveis, que fizeram baixar o nível do canal. Como a dragagem de manutenção não foi feita, isso impediu a movimentação. Caminhões deixaram de ser carregados, em um efeito cascata que chegou até as lavouras, onde o ritmo de colheita teve de ser diminuído.
– Agora, o vento mudou para a direção sul – explica Darci Tartari, diretor técnico do porto.
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Na noite de quinta-feira, uma reunião foi realizada para tentar uma solução para o problema. Mas isso depende diretamente da dragagem, que estava prevista para abril do ano passado. O custo da limpeza é de R$ 368 milhões. A superintendência aguarda recursos federais e diz que há uma sinalização de que o dinheiro chegue entre julho e agosto.
Só que até lá, grande parte da supersafra de soja já terá sido escoada. E não há garantias de que a situação registrada nesta semana não volte a acontecer.
Historicamente, as dragagens eram feitas a cada dois, três anos. Com o projeto novo do porto, o canal está mais largo e, segundo Tartari, será preciso fazer um monitoramento para determinar a periodicidade recomendada.