Com a homologação do acordo trabalhista feito com o Sindicato dos Auxiliares de Administração de Armazéns Gerais do Estado (Sagers), prevista para o dia 6, a diretoria da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) pisará fundo no acelerador da venda de unidades.
Em um primeiro momento, a ideia é colocar no balcão de negociação as unidades hoje arrendadas. Entra na lista a estrutura de Cruz Alta, que acaba de ser arrendada pela AgroTec. Com capacidade de armazenagem de 22,5 mil toneladas, está sendo arrendada por R$ 35,5 mil mensais. Completam a relação as já arrendadas Júlio de Castilhos, Santa Rosa e Nova Prata.
E as habilitadas à venda incluem Passo Fundo, Estação e Santa Bárbara. O processo começa a ser preparado ainda neste mês, mas os leilões devem sair mesmo a partir do mês de fevereiro.
– Só com a venda de Júlio de Castilhos, Santa Rosa e Nova Prata pagaremos as parcelas do acordo trabalhista até o fim do governo – diz o diretor técnico e comercial da Cesa, Lúcio do Prado, ao estimar soma de cerca de R$ 30 milhões apenas com as negociações dessas estruturas.
Em um segundo momento, unidades que são estratégicas, mas deficitárias, também irão à venda. A ideia é chegar ao fim do governo com "uma Cesa mínima", diz Prado:
– Deverão ser mantidas as unidades portuárias e aquelas que cumprem uma função social.
Em números, isso se traduz em, no máximo, oito unidades. Atualmente, a Cesa tem 23. O acordo feito com o sindicato colocou fim à longa negociação de uma causa sobre o piso da categoria. Foi fechado em 40% do valor – inicialmente calculado em R$ 272 milhões – para pagamento em 72 vezes – além de incorporação de 30% nos salários a partir deste mês. Sem a negociação, havia um impeditivo para a venda das unidades, que estavam penhoradas.