Seja qual for o caminho a ser trilhado pelo governo do Estado em relação à Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), passa, necessariamente, pela negociação da ação referente ao piso salarial da categoria. A Justiça deu sentença na qual o valor a ser pago foi definido em R$ 227 milhões.
O processo de negociação da quantia a ser desembolsada já começou. Na sexta-feira, o Sindicato dos Auxiliares de Administração de Armazéns Gerais (Sagers) foi chamado para uma conciliação.
– O valor oferecido pela Cesa, de R$ 40 milhões, não aceitaremos. Sinalizamos disposição em negociar, vamos tentar que a companhia faça uma proposta – explica Lourival Pereira, presidente do Sagers.
Ele acrescenta que a categoria é contrária à extinção da Cesa. O interesse é por "projeto de recuperação, com investimentos".
Carlos Kercher, presidente da companhia, ouvido anteriormente pelo juiz, diz que há interesse em um entendimento, mas os valores atuais "são impagáveis".
Sem ter mais a necessidade de plebiscito para fechar ou extinguir a companhia, o governo optou, por ora, em enxugar unidades. Atualmente, 18 estão operando. As cinco desativadas não interessam mais (Nova Prata, Santa Bárbara, Estação, Passo Fundo e Caxias do Sul) e estão no balcão de negociação.
– Tivemos de desacelerar o processo de venda em função dessa ação, para não atropelar – afirma Kercher.
Santa Rosa e Júlio de Castilhos, foram arrendadas. Nova Prata não teve interessados e a ideia, agora, é abrir edital para venda.
O Sagers critica os arrendamentos porque estariam em "valores abaixo do mercado".
Encontrar um denominador comum é o grande desafio.