É em Santa Rosa, município do Noroeste considerado berço nacional da soja, que a Emater divulga nesta sexta-feira levantamento final da safra gaúcha do grão e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apresenta panorama nacional. Pelo andamento da colheita – que chegou a mais de 80% – e com base nos resultados até então registrados, é provável que se confirme a perspectiva apresentada na Expodireto de colheita farta – na ocasião, o órgão estimava que seriam 16,07 milhões de toneladas.
As perdas consideráveis registradas na Zona Sul por conta do excesso de chuva têm um grande impacto na economia local. Não devem, no entanto, comprometer de forma significativa a produção de soja do atual ciclo de verão, pelo peso que tem a área no volume total do Rio Grande do Sul.
Na região de Santa Rosa, os resultados têm sido melhores do que os do ano passado.
Na cooperativa Cotrirosa, que atende a 18 municípios, nos quais a área cultivada soma 180 mil hectares, a produtividade média da safra está em 55 sacas por hectare, 10 a mais do que no ciclo passado.
– Quando começou a chuva, já havíamos encerrado a colheita – observa Jairton Dezordi, gerente técnico e de insumos da cooperativa.
O bom resultado alimenta as expecativas de negócios para a 21ª Fenasoja, que começa nesta sexta no Parque Municipal de Exposições Alfredo Leandro Carlson, em Santa Rosa – local em que será divulgado o balanço da Emater. O presidente da feira, Gerson Miguel Lauermann, aposta que os negócios deverão chegar a R$ 80 milhões, com 250 mil pessoas passando pela feira até o dia 8 de maio. Argentinos e paraguaios reforçam a fileira dos visitantes.
– Estimo em torno de 10 mil. Nos hotéis da cidade, 60% das reservas são de estrangeiros – diz.