Se as temperaturas elevadas fazem a gente quase esquecer que o outono chegou, nas pistas de remates do Estado, a estação está bem definida. É o período em que as feiras de terneiros, terneiras e vaquilhonas ganham destaque. Para este ano, a projeção é de oferta reduzida e preços mais estáveis, com possibilidade de alta mais comedida em relação ao que se viu no ano passado, quando a média ficou em R$ 6,01.
– Gostaríamos que tivéssemos média de R$ 7 para o quilo vivo. Mas diante do atual contexto, com crise política e dificuldades na colheita devido ao excesso de chuva, acho que chegaremos a R$ 6,40, R$ 6,50 – estima Jarbas Knorr, presidente do Sindicato dos Leiloeiros Rurais do Rio Grande do Sul (Sindiler-RS).
Um incentivo financeiro para investir virá das linhas de financiamento dos bancos colocada à disposição dos compradores para o período.
As vendas diretas nas propriedades e de animais vivos para outros países ou Estados têm sido, no entanto, uma concorrência às feiras.
Presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Francisco Schardong avalia que nova portaria emitida pelo governo será importante para enfrentar essa competição. O documento libera a necessidade de exame de brucelose (animais com até oito meses) e tuberculose (exemplares com até um ano), que não são exigidos na venda de gado em pé e "tornam mais onerosa para o produtor a participação em feiras". Para os negócios, o dirigente projeta estabilidade:
– A qualidade será mais uma vez valorizada.
O circuito começa a se intensificar a partir deste final de semana. Neste sábado, em Santo Antônio da Patrulha, a 28ª Feira do Terneiro, Terneira e da Vaquilhona colocará em pista 700 animais. No ano passado, o evento teve média de R$ 6,65.