O tempo fechado, no parque ou no cenário nacional, pode até diminuir o fluxo de visitantes nos corredores da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). Mas quem se arrisca a sair de casa é porque está com ânimo para investir. É o que garantem os expositores da área de máquinas. O discurso é de que os clientes que chegam para conhecer os produtos nos estandes fecham negócio. Mesmo reconhecendo o momento econômico conturbado, a palavra crise é proibida para os vendedores.
Do outro lado do balcão, bancos apostam em espaço para crescer. O Santander quer entrar na briga para se tornar um dos principais do agronegócio. Hoje, a carteira voltada ao segmento é de R$ 38 bilhões, sendo R$ 5 bilhões voltados ao crédito rural.
– O recurso disponível do crédito rural não muda a menos que sejam realocados recursos para os bancos privados. Então, não adianta gastar energia em torno de um valor que é finito – afirma Carlos Aguiar, diretor de agronegócio do banco Santander.
Com a crise econômica e o juro maior afetando o ânimo dos produtores na hora da tomada de crédito, o desafio é crescer ganhando mercado dos concorrentes, entende.
Dono da maior fatia no segmento, o Banco do Brasil foi para a feira com R$ 536 milhões para os negócios durante o período do evento, que termina na sexta-feira.