Com uma fatia de 46,2% do total exportado pelo Brasil no ano passado, o agronegócio impulsiona o desempenho do país. O zum-zum-zum de que o governo pretende “taxar” os embarques do setor têm causado calafrios em entidades.
Por taxar, leia-se retirar a isenção da cobrança da contribuição previdenciária quando o agricultor tem parte ou toda a produção destinada ao mercado externo. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) emitiu nota sobre o assunto. No documento, diz que, como o governo não tem desmentido os rumores sobre o assunto, tem como dever “antecipar-se a este eventual grande equívoco”.
A entidade classifica a possibilidade como “um verdadeiro ataque contra um setor que foi o principal motor dos anos de crescimento neste século e que sustenta, mesmo na crise, o equilíbrio de nossas contas externas” e promete mobilizar a categoria. No país, o produtor paga, sobre a comercialização, percentual de 2,85% (pessoa jurídica) e 2,3% (pessoa física). Projeção feita pela CNA sobre o valor exportado pelo agronegócio em 2015, US$ 88,2 bilhões, estima em R$ 6,7 bilhões o valor a ser arrecadado com a cobrança – considerando o percentual de pessoa física e dólar médio de R$ 3,33. O levantamento também aponta um efeito colateral de achatamento de 5,3% da rentabilidade do produtor.