Associação que representa provedores de internet, a InternetSul não gostou da fala do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, de que o setor tem muitos "vigaristas". Em pedido de direito de resposta, a representante Jurídica Erinéia dos Reis lembrou que essas empresas que estão sendo criticadas foram chamadas para garantir rapidamente o acesso à internet durante a pandemia, quando disparou o trabalho e o ensino remotos.
— Esta fala surpreendeu negativamente no país todo. É forte falar vigarista e clandestino. Quem é provedor de internet conseguiu autorização, está legalizado. Pode não estar regular na contratação do poste, mas está legal. Se a concessionária de energia não fornece ponto, ela que não está cumprindo.
Melo se referia a empresas, principalmente clandestinas, que colocam os fios nos postes e depois de inativos não retiram, "ganham dinheiro e deixam a conta do recolhimento para o contribuinte pagar", enfatizou o prefeito na entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha. O poste é da concessionária de energia, que aluga para operadoras. O emaranhado de fios é um problema na capital gaúcha, mas também em outras cidades e Estados.
A coluna aproveitou para perguntar por que as operadoras colocam os fios e não retiram. Erinéia disse que os associados da InternetSul são comunicados para recolher o material e que o problema maior está nos fios deixados por empresas que não existem mais.
— Aí fica um "limbo". Uma solução para o problema seria a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) criar o posteiro, que administraria os postes — defendeu, mesmo que isso eleve custos.
A entidade tem uma campanha há dois anos chamada Poste Limpo, mas, pelo que vemos nos postes, não consegue engajar as operadoras.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)
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