Já em alta para o consumidor há meses, o preço do café subirá mais com as queimadas no sudeste e no centro-oeste do país. Aqui em Porto Alegre, acumula elevação de 21,35% em 2024, com alta de 3,85% só em agosto, ou seja, o aumento de um mês é quase a inflação de um ano todo. O monitoramento faz parte da pesquisa da cesta básica feita pelo Dieese, pelo qual a bebida ficou mais cara em todas as capitais.
A redução da safra no Vietnã com o aumento do preço internacional estão entre os motivos. Porém, a seca no Brasil e, agora, as queimadas castigam os cafezais. Segundo o Centro de Pesquisas Econômicas Aplicadas da Universidade de São Paulo (Cepea/USP) no campo, a cotação do café robusta está batendo recordes, fechando acima de R$ 1,5 mil a saca de 60 quilos pela primeira vez na história. O arábica está também por este valor, quase o dobro do ano passado.
Entidades do setor alertam que a safra de 2024 já foi pior do que a 2023, e a de 2025 já está comprometida. Se não são queimados, os cafezais estão produzindo menos com a alta temperatura. A perspectiva de recuperação, por enquanto, está para 2026.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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