Ficou para 2026 a previsão de começar a produção de amônia e hidrogênio verde em usinas no interior do Rio Grande do Sul. A ideia inicial, noticiada pela coluna ainda em 2023, era fazê-lo na metade de 2025. Dois de três projetos terão agora a solicitação da licença ambiental pela Begreen à Fepam. O sócio Luiz Paulo Hauth assinou um memorando de entendimento com o governo do Estado para aproveitar incentivos do Programa de Desenvolvimento da Cadeia de Hidrogênio Verde – entre os quais, um tratamento preferencial justamente para a obtenção das autorizações.
– Imaginamos que teremos a licença das duas primeiras em até três meses e depois precisamos de mais 20 meses para a infraestrutura, desde a parte predial até a compra de equipamentos que são importados – explica.
Como adiantado pela coluna em setembro do ano passado, as usinas ficarão em Passo Fundo, com investimento de R$ 42 milhões e geração de 2 mil toneladas de amônia verde por ano; em Tio Hugo, com R$ 62 milhões de aporte e 4 mil toneladas produzidas por ano; e em Condor, ainda em processo de negociações do terreno, com R$ 42 milhões de investimento e produção de 2 mil toneladas. Para as três, que somam R$ 146 milhões, a expectativa é gerar cerca de 120 empregos diretos e outros 30 para manutenção.
A amônia verde será feita do hidrogênio proveniente de água e não mais do gás natural, que é fóssil. O mercado será o agronegócio, com a fabricação de fertilizantes e a promessa de aumentar em 20% a produtividade das lavouras com a aplicação da amônia verde líquida, reduzindo custo e emissão de gás carbônico.
Com sede em Panambi, a Begreen surgiu da fusão entre Migratio Bionergia, Phama Energias Renováveis e Torao Participações.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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