Após o tombo de maio provocado pela enchente, a atividade econômica do Rio Grande do Sul engatou dois crescimentos. Abrindo o segundo semestre, julho teve alta sobre junho de 0,8% no Índice de Atividade Econômica Regional do Rio Grande do Sul (IBCRRS), calculado pelo Banco Central e considerado uma prévia do PIB. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o avanço foi de 4,9%.
Pelos dados do IBGE, usados no IBCRRS, o Estado começou o semestre com avanço em três grandes setores econômicos. Em retomada após a inundação, a produção da indústria avançou 0,8% sobre junho. Indústrias farmacêuticas e de móveis têm se destacado. O acumulado de 12 meses, porém, segue com recuo de 1,2%, com resultado ruim de veículos automotores, reboques e carrocerias.
As vendas do varejo também cresceram 0,8% em julho e ainda acumulam em 12 meses o melhor desempenho entre os setores: +5,9%. No comércio ampliado – que inclui veículos, material de construção e atacado de alimentos –, a venda caiu 0,3%, após ter atingido o maior patamar da série histórica. Móveis e eletrodomésticos; equipamentos de informática e comunicação; e vestuário e calçados se destacam, certamente pela reposição de itens perdidos ou doados na enchente.
Já o volume de serviços no Rio Grande do Sul subiu 1,5% em julho, após forte queda com efeitos defasados da cheia. Ainda segue em patamar baixo, 2,4% abaixo do pré-pandemia com queda de 3,2% nos últimos 12 meses. O turismo cresceu após cinco meses de queda, com reflexo das férias escolares. Apesar de o aeroporto ter ficado fechado, as regiões turísticas atraíram consumidores do próprio Estado.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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