Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
O Rio Grande do Sul teve um primeiro semestre intenso em 2024. Começou com a expectativa de colher safra cheia depois das estiagens, mas acabou enfrentando a enchente. Veja como se comportaram os grandes setores econômicos, conforme o monitoramento do IBGE:
Indústria
Após o tombo em maio, a produção da indústria do Rio Grande do Sul cresceu 34,9% em junho. Com a retomada das atividades, os destaques positivos foram produtos químicos; derivados do petróleo; veículos automotores; máquinas e equipamentos; e metalurgia.
Ainda assim, a indústria gaúcha não retomou em junho (98,8 pontos) o patamar de abril (99,3). Maio despencou a 73,2 pontos. Além disso, o índice recuou 0,5% sobre junho do ano passado. Com isso, acumula queda de 1% no primeiro semestre de 2024. Em 12 meses, o recuo é de 2,3%. O Estado representa 6,8% da indústria nacional.
Varejo
A venda do varejo gaúcho avançou 1,8% em junho sobre maio. Sobre o mesmo mês do ano passado, cresceu 11%. O acumulado no ano chegou a 7,3%, enquanto os últimos 12 meses trazem crescimento de 5,2%.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, material de construção e atacado de alimentos, a venda subiu 13,8% sobre maio. Sobre junho de 2023, aumentou 11,5%, acumulando no ano alta de 6,1% e de 4% em 12 meses.
Ambos batem patamares históricos na pesquisa do IBGE. O setor tem sido beneficiado pelo frio e pela reposição de bens perdidos na enchente ou comprados para doação, como móveis, eletrodomésticos e roupas de cama, mesa e banho.
Serviços
Em junho, o volume de serviços despencou 14,5% sobre maio, mas foi um ajuste de uma distorção no cálculo. Isso porque, no mês da enchente, o indicador subiu pelo reflexo da suspensão de pedágios. O retorno da cobrança fez o setor recuar.
Contra junho de 2023, registrou queda de 19,7% em junho, após recuo de 6% em maio. No indicador acumulado do primeiro semestre, houve redução de 4,9%. Já em 12 meses foi de -1,6%, quebrando uma sequência de 35 resultados positivos.
Apesar da oscilação, a expectativa é de que se recupere mais rapidamente do que a indústria, por exemplo. Os resultados do turismo são importantes para isso.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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