A dragagem dos canais de navegação no entorno do polo petroquímico de Triunfo terá caráter emergencial, colocada como prioridade para evitar a parada de atividades que as empresas dizem que ocorrerá. Além disso, começará a ser encaminhada a batimetria de R$ 18,5 milhões, medição que permitirá a dragagem do restante da hidrovia gaúcha, que teve sua situação piorada com a enchente. Inicialmente, seria feita pelo governo do Estado, mas agora o governo federal chamou para si. Confira os próximos passos na entrevista do Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, com o superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Rio Grande do Sul, Hiratan Pinheiro da Silva. Ouça a íntegra no final da coluna.
Quando será feita a dragagem no entorno do polo petroquímico?
O governo federal tem trabalhado nas dragagens desde a enchente, com ajuda da Portos RS, que nos encaminhou a batimetria do local mais urgente. Foi feita pelas empresas e estamos avaliando para fazer uma contratação emergencial, nos reunimos com quem faz a praticagem (pilota navios na entrada e saída dos portos). Para dar prazo, precisamos avaliar os dados encaminhados e fazer a metodologia da contratação. Estamos tratando como prioritário devido à possibilidade de paralisação do polo, para conseguir o quanto antes, mas precisamos que a equipe avalie as informações.
Mas será rápida? Empresas alegam que podem paralisar em 30 dias.
Estamos fazendo agora os quatro contratos de batimetria. O lote 1 vai pegar a região da foz do Taquari até a do Guaíba, que é a parte com maior dificuldade de navegação, que pega o canal de Furadinho, onde uma embarcação encalhou. A batimetria das empresas ajuda nesta contratação mais emergencial.
E o restante da dragagem? A Portos RS estima um custo de R$ 500 milhões, que o governo federal sinalizou que vai bancar.
Tem o lote 2, que vai da foz do Guaíba até Rio Grande, depois o canal de São Gonçalo e a Lagoa Mirim. Depois, também tem os rios Caí, Sinos e Gravataí. A nossa intenção é contratar a batimetria do Dnit até início de setembro. O recurso será usado para a assinatura dos contratos, foram antecipadas etapas administrativas. Vamos dividir em duas etapas bem claras: a batimetria urgente para não deixar a hidrovia intransitável e batimetria de adequação do canal, que são as questões históricas. Temos que diferenciar recurso da emergência, que têm prerrogativas em relação ao teto fiscal, de recurso rotineiro, que entra no geral do orçamento da União.
Ouça a entrevista na íntegra:
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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