Após ter sido inundada em Porto Alegre, a fábrica da Pastelina volta a operar com três meses de produção encomendada por clientes, inclusive alguns para os quais a empresa tentava há anos vender. O tradicional salgadinho gaúcho completou 75 anos e recebeu forte apoio de fornecedores para enfrentar o estrago feito pela água, que atingiu 1m95cm na indústria, que fica no bairro Floresta.
— Passou o momento de secar as lágrimas, a água baixou, limpamos a sujeira. Agora, a hora é de voltar a sonhar com o futuro. Estamos com encomendas de redes nas quais batíamos na porta há mais de 10 anos e não conseguíamos nem passar do "hall" de entrada — contou o presidente da Pastelina, Marcelo Gonçalves, em entrevista ao podcast Nossa Economia, de GZH (ouça o programa abaixo).
Para atender à demanda, Gonçalves contratou mais oito funcionários, que se somam à equipe de 25 pessoas que já trabalhavam na linha de produção. Gonçalves também destaca a forte ajuda de divulgação que recebeu da Fruki, fabricante de bebidas do Vale do Taquari.
A retomada da fábrica ocorreu após ter em funcionamento um equipamento que é considerado o "coração" da produção: a empacotadeira, que ficou submersa (veja o vídeo acima). A expansão da empresa segue nos planos, diz Gonçalves, incluindo a entrada em Santa Catarina. Antes mesmo da cheia, foram comprados R$ 4 milhões em máquinas.
— Não deixamos de lado, apenas adiamos. Nossa meta era colocar a fábrica para rodar e atender o mercado. Agora, mais do que nunca, temos que correr contra o tempo, mas com os pés no chão. Se possível, daremos o passo inicial ainda em 2024. A demanda é maravilhosa — conclui.
Colaborou Guilherme Gonçalves
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jaques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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