Empresa de 1947 duramente atingida pela enchente, a Hertz Farmacêutica (antiga Kley Hertz) está sem previsão exata para retomar a produção de medicamentos na fábrica, que fica no bairro Floresta. Aos trabalhadores, tem falado em 2025. A operação será mantida no mesmo local, mas terá que reduzir o quadro de funcionários. Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Produtos Farmacêuticos de Porto Alegre, Orlando Salvadore informa que serão demitidos cerca de 200 trabalhadores.
— A empresa já começou a importar equipamentos do Exterior, mas tem protocolos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) — diz Salvadore.
Em breve nota à coluna, a empresa diz estar "trabalhando em um plano de retomada para minimizar o impacto no mercado e seguir atendendo seus clientes", que incluem mais de 70 mil farmácias no país. A água chegou a 1,3 metro na fábrica, onde trabalham 500 funcionários. O corte pegará pesquisadores e trabalhadores do setor de produção, expedição e controle de qualidade. Houve acordo com o sindicato para dar prioridade para recontratá-los quando a operação for retomada.
A Hertz Farmacêutica também possui centros de distribuição em Porto Alegre, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. A empresa não informa o que ocorrerá com estes espaços enquanto a produção estiver parada. Na fábrica de Porto Alegre, produzia 95 milhões de unidades de medicamentos ao ano, como Glyteol, Resfenol e Sanilin. Em 2019, anunciou investimento de R$ 100 milhões para dobrar o tamanho da unidade.
* Colaborou Guilherme Gonçalves
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@diariogaucho.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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