O pedido da voluntária Gislaine Coutinho em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, para doação de kits de chimarrão viralizou nacionalmente e inspirou algumas ações interessantes.
Uma delas é do casal Jerusa Finatto, uma física médica, e Luiz Eduardo de Souza, um cientista de dados, que criaram o Cevando Alento (@cevando_alento no Instagram). Eles coletam doações de cuia, bomba, garrafa térmica, erva-mate e sacolas de tecido. Os itens são higienizados e organizados em kits para doação. Já foram entregues 120 e há lista de espera. Tudo é voluntário. As entregas são feitas com o carro do casal.
- Queríamos ajudar, mas voltávamos para casa frustrados porque todos os lugares estavam cheios de voluntários. Ouvimos o pedido de chimarrão no programa da Gaúcha e tive o estalo! Nos tocou - conta Jerusa, que começou a onda de doações com as cuias que tinha sobrando em casa.
- Passamos duas semanas dedicados exclusivamente a isso. Agora, voltamos aos nossos trabalhos, mas também estamos mais organizados - completa Souza.
A proposta avançou porque uma amiga empreendedora em Canoas faz gravações a laser em cuias e teve o trabalho afetado pelos alagamentos. Ela agora está vendendo cuias com a marca do projeto Cevando Alento. Parte do valor vai para as doações.
Outra iniciativa é de Pâmela Ghilardi e dos sócios da Matesito, Felipe Gomes e Victor Gadret. Criada na pandemia, a empresa fabrica cuias e outros itens de chimarrão. Após verem o vídeo da entrevista, criaram um kit de R$ 25 com cuia de plástico, bomba e erva-mate. As pessoas compram e a empresa doa. De largada, em dois dias, venderam 250 kits, sendo que 50 foram para uma pessoa do Rio de Janeiro.
- Já fizemos entregas em abrigos Dois Irmãos, São Leopoldo e Farroupilha, mas agora queremos começar a distribuir para quem está voltando para casa - diz Pâmela.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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