A enchente do Rio Grande do Sul provocou um prejuízo de R$ 3,32 bilhões ao varejo, estima a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O levantamento aponta uma perda diária de R$ 123 milhões nas receitas com vendas. O montante é 18,3% do faturamento que era previsto para o mês de maio. A entidade alerta que a perda vai além, pois as sequelas da inundação afetaram também a infraestrutura "vital para o funcionamento do comércio", diz o presidente da entidade, José Roberto Tadros. A CNC cita a queda abrupta de 28% no fluxo de veículos de carga nas estradas do Estado, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Economista da CNC, Fabio Bentes prevê que a venda do primeiro semestre voltará ao patamar do mesmo período em 2021, quando o comércio ainda amargava os fechamentos da pandemia. Uma recuperação é esperada, principalmente, para o último trimestre do ano.
Importante frisar que o impacto não fica restrito ao Rio Grande do Sul, mas é nacional. O Estado é o quinto com maior peso no varejo brasileiro. Em 2023, o comércio gaúcho movimentou R$ 203,3 bilhões, 7% do total do país. O percentual é semelhante à sua participação no PIB nacional e à sua colocação no ranking de exportadores.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jaques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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