A fábrica de alfajores da Odara, no bairro Sarandi, foi uma das indústrias atingidas pela enchente em Porto Alegre. O sócio Jeison Scheid ainda não tem como avaliar o prejuízo com equipamentos, mas sabe que perdeu R$ 1,8 milhão em matéria-prima e estoque de produtos prontos.
— A água chegou a 2 metros e ainda está pela cintura. Temos mais de R$ 2 milhões em equipamentos. Não sabemos ainda o que vamos conseguir usar. Vamos nos endividar um pouco, mas estou convicto de que sairemos dessa — diz o empresário.
Para ajudar na retomada, a Odara anunciou nas redes sociais pré-venda de alfajores para quem quiser comprar agora e receber quando a fábrica voltar a operar, o que está previsto para agosto. Aliás, as aquisições dos varejistas poderão incluir visitas à operação no futuro e até um final de semana em Garopaba com aulas de surfe.
A ideia é retomar no mesmo endereço, na Avenida João Elustondo Filho. No entanto, Scheid avalia mudar a unidade de local com medo de nova cheia. Não descarta até ir para outra cidade, mas que seja perto, porque quer manter a mesma equipe de 60 funcionários.
— Já estamos conversando com outras cidades para ver incentivos. Avaliamos até Osório, no Litoral — diz Scheid.
Desde que a marca nasceu, em 2013, a fábrica da Odara já trocou de endereço sete vezes. A última mudança ocorreu em 2021, quando foi para o pavilhão no Sarandi. Na época, o investimento foi de R$ 2 milhões em uma área de 2,5 mil metros quadrados. No ano passado, a coluna esteve na fábrica para noticiar a expansão da unidade, que dobrou com um investimento de R$ 1,3 milhão. Em 2023, o faturamento foi de R$ 20 milhões.
Colaborou Guilherme Gonçalves
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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