A exportação gaúcha caiu mais de 17% no primeiro trimestre, com queda nas compras pela China, Estados Unidos e Argentina. Ou seja, os três principais destinos. Recomeça, então, a provocação para procurar novos destinos. Entre eles, a Índia é a sugestão. A coluna aproveitou para abordar essa possibilidade na entrevista do programa Gaúcha Atualidade, na Rádio Gaúcha, com o economista-chefe da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Giovani Baggio. Confia trechos abaixo e ouça a íntegra no final da coluna.
O que o Rio Grande do Sul vende para a Índia?
Exportamos muito óleo de soja. São produtos muito semelhantes aos que exportamos para a China: óleo e farelo de soja.
Dizem que a Índia será o que a China é hoje…
Isso é uma possibilidade muito visível, porque é um país que tem uma pirâmide etária em transição demográfica ainda para acontecer, então a população deve crescer muito. Na medida em que isso ocorre, a economia cresce e as pessoas vão tendo mais renda.
Quais produtos têm oportunidade com isso?
A tendência é que eles comecem a buscar produtos mais sofisticados. Por exemplo, uma carne de maior qualidade, consumir mais proteínas, e somos muito bons em produzir isso. Nosso agronegócio no Rio Grande do Sul é muito forte. Então, a tendência é que comecemos a exportar para lá produtos de maior valor agregado.
Qual o desafio do Estado para isso?
Temos que colocar um produto a um preço competitivo. Para isso, temos que melhorar muita coisa dentro do Rio Grande do Sul e dentro do país: a segurança jurídica, a infraestrutura, tudo que deixa mais caro produzir aqui e faz o produto ficar menos competitivo no mercado internacional. Devemos melhorar questões legais, de tecnologia e de produtividade para ocupar este espaço. Senão o fizermos, outros países vão abocanhá-lo.
Ouça entrevista na íntegra:
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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