A Páscoa deve movimentar R$ 194,18 milhões em vendas no Rio Grande do Sul, 6% a mais do que no ano passado. A quantia é a quarta maior da estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atrás de São Paulo — com R$ 948 milhões —, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Olhando as vendas de Natal, que superam R$ 5 bilhões no Rio Grande do Sul, o valor da Páscoa é realmente pouco. Porém, os gastos se concentram nos supermercados, sendo a data, portanto, bem importante para o setor. Aqui no Estado, ela movimenta também as fábricas de chocolate.
Um indicativo da expectativa do varejo para a Páscoa costuma ser a importação de produtos típicos. Registros do governo federal apontam compra de 3,35 mil toneladas de chocolate de fora do país, 21,4% superior ao ano passado. No caso do bacalhau, a importação aumentou 69,9%. A queda do dólar, claro, ajudou neste movimento do coelhinho. O câmbio estava em R$ 5,20 na Páscoa de 2023. Agora, fica abaixo dos R$ 5. Com isso, os preços dos produtos também recuaram, identifica a CNC.
Outros itens, no entanto, estão mais caros. O azeite de oliva se destaca, acumulando, em 12 meses, aumento próximo de 40%, puxado pela quebra de safra com a seca na Europa e as enchentes aqui no Rio Grande do Sul. Refrigerante e água mineral também são considerados na pesquisa e subiram acima da inflação.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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