A Super Quarta trouxe presentes de Natal. Nos Estados Unidos, o banco central (Federal Reserve) manteve a taxa de juro como o esperado e trouxe diversos e claros sinais de que se prepara para cortá-la com mais intensidade do que o previsto em 2024. No mercado financeiro, a brincadeira é uma figurinha do presidente do órgão, Jerome Powell, vestido de Papai Noel. O reflexo imediato aqui no Brasil foi a bolsa fechar com forte alta e dólar com queda de quase 1%, a R$ 4,92.
Já aqui no Brasil, sem surpresa com o corte de 0,5 ponto percentual da taxa de juro Selic pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). O comunicado apontou ainda receio com o exterior, mas um processo desinflacionário como o esperado. Fez, também, o tradicional alerta para a importância do cuidado com as contas públicas, no recado já permanente ao governo federal sobre as metas fiscais. Mas o melhor é a previsibilidade, garantida no trecho do texto que sinaliza que os próximos cortes serão na mesma magnitude: "esse é o ritmo apropriado". A convicção e serenidade do Banco Central têm sido os principais ativos do Brasil e tornaram aliadas até as entidades empresariais que no início pressionavam por cortes mais agressivos.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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