O jornalista Tércio Saccol colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço
O número de Green Cards emitidos pelo Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos aumentou 28,5% de 2021 para 2022, chegando a 23.956 brasileiros. Uma das possibilidades para fazer a imigração é o visto EB2NIW, destinado para profissionais qualificados e que não requer nenhum tipo de investimento por parte do empregador. No próximo dia 16, a SG Global Group/ MorarEUA realiza um evento itinerante em Porto Alegre para discutir o tema. A coluna conversou com Roberto Spighel, CEO da empresa sobre o processo de imigração.
Quais são as maiores dúvidas que as pessoas enfrentam nesse processo e quais os mitos sobre a imigração para os Estados Unidos?
A maior dificuldade que as pessoas têm é de buscar um caminho sério. Eu falo isso pela vasta experiência que a gente tem, são nove anos de mercado, no Brasil nós somos conhecidos como a MorarEUA. Muitas vezes, as pessoas não buscam a informação correta ou uma empresa profissional, elas acabam escutando pessoas que dão conselhos, e esses conselhos reduzem as chances. Poucas pessoas sabem que existem mais de 100 tipos de vistos para os Estados Unidos. As pessoas acreditam que para se mudar para os Estados Unidos, ou você faz um investimento milionário, ou você vem com um subemprego, e, na verdade, há diversas possibilidades.
Quais são os tipos de vistos mais comuns demandados pelos brasileiros?
Tem um visto que é o E2 que é um tratado de comércio entre Estados Unidos e alguns países, como Itália e Alemanha. Então, quem tem cidadania italiana pode se mudar para os Estados Unidos para gerenciar um negócio. Você tem um visto de estudante, mas você tem diversas formas de ser estudante, não só para criança, o visto J de estagiário para quem vai fazer um estágio; tem um visto intracompany, que é um L1, você pode se autoexpatriar; tem visto de empreendedor, de profissionais qualificados, que tem experiência e comprovação de histórico profissional. Um dos mais procurados é justamente esse de profissionais mais qualificados. Por exemplo, um advogado ou engenheiro, que tem mais de cinco anos de experiência, pós-graduação, que tenha premiações, reconhecimentos, que ganha mais que a média nacional, que tenha uma autorização de trabalho... Esses são alguns dos critérios que um profissional qualificado deve ter para que possa se enquadrar a um green card.
O que as pessoas devem ter em mente quanto a preparação de documentação, planejamento e tempo?
Você não tem ideia do quanto isso é importante. No final do dia, não adianta ser qualificado e não demonstrar isso para a imigração. Neste caso, é necessário mostrar, por exemplo, através do diploma da faculdade. Quando a gente vai investigar a vida do profissional, digamos que ele foi sócio de uma empresa ou trabalhou em uma empresa, não adianta falar, tem que demonstrar com documentos, registros. Essa é a parte que mais demanda atenção dos clientes. Não adianta ser, tem que demonstrar que é, é isso que a imigração precisa para comprovar a trajetória profissional ou acadêmica. É a hora em que você vai precisar separar um tempo para organizar a documentação.
E sobre tempo e custos? Sabemos que há variações, mas de maneira geral, quais são os custos e até quanto tempo se espera?
O custo varia muito. Tem visto que custa US$ 160 a taxa de aplicação do consulado, até visto de US$ 80 mil de custo. Obviamente, quando falamos de um processo de greencard, um EB2NIW, destinado para profissionais qualificados, você vai variar perto de US$ 20 mil. Então, é importante que o cliente se prepare para isso e a resposta não é imediata. É justamente daí que nasceu a nossa empresa. Quando falo de US$ 20 mil, é um valor considerável, mas isso pode trazer para o cliente uma perspectiva de aplicação.
Qual o perfil das pessoas que está buscando a empresa para a imigração?
Um dos pilares de um processo bem sucedido é ter a informação. Eu indico para todas as pessoas que gostariam de morar ou ter uma experiência nos Estados Unidos, ou que enxergam como possibilidade de vida, participarem do evento. As pessoas que vão ter esse processo mais próximo são profissionais qualificados, como citamos, os estudantes entram em uma faixa diferente, mas são possibilidades diferentes, mais reduzidas.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br) Leia aqui outras notícias da coluna