Já chamado de "icônico" por um executivo da Melnick, o projeto da construtora em parceria com o Grupo Zaffari na Rua Duque de Caxias prevê um prédio de 98 metros de altura, com 41 andares. O ponto fica em uma parte pulsante do Centro Histórico de Porto Alegre. Segundo o estudo de sombreamento apresentado à prefeitura, disponível no portal do Sistema Eletrônico de Informações (SEI), o empreendimento faria sombra na Catedral Metropolitana e no Palácio Piratini durante a manhã. Desde que as medidas da última atualização do pedido foram conhecidas, nos últimos dias, ele tem gerado polêmica nas redes sociais, chamado com frequência de "espigão".
No documento, a informação é de que o edifício da Melnick prevê 593 unidades, com apartamentos de 24 a 90 metros quadrados. Haverá lojas em três pavimentos e um restaurante no terraço com área de 288 metros quadrados. A coluna esteve no terreno recentemente, onde há ruínas de uma construção que seria um centro comercial a céu aberto, cuja obra não chegou a ser finalizada. Está previsto manter um estacionamento no local, sendo ampliado para oito andares a partir do nível da Rua Fernando Machado, com 696 vagas para carros. Na via, está o supermercado Zaffari, que pelas imagens do projeto, teria mudanças na fachada.
Após alterações de projeto nos últimos anos, o atual pedido de licença já tramita na prefeitura há alguns meses. Se aprovado, segundo o estudo, seria o segundo prédio mais alto de Porto Alegre, atrás do edifício Santa Cruz, com 107 metros, na Rua dos Andradas. A posição no ranking mudaria se sair antes do papel o da Bewiki, de 117 metros de altura e que o empreendedor projetou iniciar as obras em 2023 na região do 4º Distrito.
Procuradas, Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) e Melnick não quiseram dar entrevista sobre a polêmica que cerca o projeto. Em nota breve por escrito, a construtora diz que "atua de forma ética e transparente no desenvolvimento dos seus Empreendimentos Imobiliários e em total conformidade com a legislação vigente."
Colaborou Guilherme Gonçalves
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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