Demorou, mas chegou e foi surpreendentemente forte o reajuste dos combustíveis pela Petrobras. Para a gasolina, a alta será de R$ 0,41 a partir desta quarta-feira (16) nas refinarias, onde as distribuidoras compram para vender aos postos de combustíveis. No diesel, subirá R$ 0,78. A defasagem estava grande, com alta do petróleo e do dólar, mas a estatal vinha segurando os preços. Já se projetava que um aumento viria após o Banco Central reduzir o juro, porque ele observa a inflação para definir a taxa. O mercado estava desajustado, com restrição especialmente no diesel porque a Petrobras estava vendendo bem abaixo do preço internacional, sendo que ela própria estava precisando importar.
Mas para quanto vai o preço para o consumidor? Pela simulação feita pela coluna considerando o preço atual da pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a projeção da Petrobras do peso do seu valor na bomba, a média do Rio Grande do Sul passará para R$ 5,85 pelo litro da gasolina comum. O valor médio mais alto pago pelos gaúchos foi de R$ 7,10, registrado pela ANP em novembro de 2021, mas depois petróleo e dólar recuaram.
No caso do diesel S10, que é o menos poluente, o litro médio no Estado deve subir para R$ 5,67, ainda abaixo da gasolina. O preço mais alto foi registrado em junho de 2022, acompanhando especialmente a trajetória de alta do combustível no mercado internacional provocada pela guerra iniciada pela Rússia. O país é grande produtor de diesel e cortou fornecimento de gás para a Europa, o que projetava aumento no consumo do óleo no inverno.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna