Em um momento de incertezas para um setor que precisa pensar no longo prazo, a construção civil contabiliza bom resultado na venda de imóveis com mais de 180 metros quadrados em Porto Alegre, destaca o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), Claudio Teitelbaum. Isso ocorre - e não apenas no segmento imobiliário - pela menor exposição que os clientes de alta renda têm a oscilações da economia, como alta de juros e inflação, que afetam renda e financiamentos, essenciais para a compra de outros padrões.
Foram 115 unidades vendidas de janeiro a maio, alta de 17% sobre o mesmo período do ano passado e de 60% na comparação com os primeiros cinco meses de 2021. Em número, são poucas, se comparadas ao total de imóveis comercializados. Porém o metro quadrado, claro, é o mais caro, custando R$ 18.428 nos prontos e R$ 16.429 naqueles em construção, segundo a última pesquisa da Alphaplan. Dá uma média de custo de R$ 17 mil.
Segundo a Brain, os lançamentos de imóveis em geral recuaram cerca de 45% no primeiro trimestre no Rio Grande do Sul, com queda de 17% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. Para os próximos meses, a expectativa do setor, porém, está nas novas regras do programa Minha Casa, Minha Vida, destacou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha. Como a coluna destacou na ocasião em que elas foram aprovadas, a principal mudança é a elevação de R$ 264 mil para R$ 350 mil do teto de preço para se encaixar no programa.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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