Fazer uma reforma na casa está 47,67% mais caro do que antes da pandemia. Ou seja, o aumento médio é mais do que o dobro da inflação do período. Uma obra que custaria entre R$ 10 mil e R$ 25 mil antes da pandemia sai agora por R$ 14.767 a R$ 36.917, segundo simulação do Sindicato da Habitação do Rio Grande do Sul (Secovi/RS). Foram verificadas as variações de itens básicos de uma construção:
Inflação pelo IPCA entre março de 2020 e fevereiro de 2023: +22,79%
Revestimento +63,03%
Mão de obra +54,88%
Tinta +48,56%
Cimento +44,44%
Reparos +27,43%
Para entender, é importante lembrar que, no distanciamento social, muitas pessoas direcionaram os gastos para reformar a moradia ou comprar um imóvel novo. Isso fez saltar a venda de materiais de construção. Além disso, houve falta de produto, alta de preços de matéria-prima e encarecimento dos fretes marítimos internacionais, lembrando o que mais subiu, os revestimentos, são, em muitos casos, importados.
E agora? Empresários do varejo de construção, que tem registado queda de vendas, têm dito à coluna que com uma normalização dos insumos e com o consumidor retraído, os preços têm apresentado estabilidade, com eventuais quedas, mas não voltarão ao patamar anterior. Além disso, existe, no horizonte, alta de preços dos combustíveis e da energia, o que pesará nos custos.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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