Pelo segundo mês consecutivo, a indústria do Rio Grande do Sul teve o pior resultado do país na pesquisa do IBGE. O corte de produção foi de 6,9% em fevereiro sobre janeiro, quando já havia registrado uma redução de 4,6%, conforme o dado atualizado. Com isso, o acumulado do bimestre é de uma queda de 11,2%, que é bastante forte.
De tão intenso, o desempenho gaúcho teve o maior impacto no indicador nacional, mesmo que São Paulo tenha o maior parque industrial e tenha recuado 0,7%. A resultado do Rio Grande do Sul foi impactado pelos setores de derivados do petróleo e de veículos, segundo o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.
Aqui, há reflexo das férias coletivas que suspenderam produção no complexo da General Motors (GM), em Gravataí. Outras fábricas de veículos no país também têm parado devido à retração do consumo. Juro alto e incertezas também afetam a produção de bens de capital, que incluem maquinário comprado por outras indústrias e que sinalizam - ou não - propensão a expandir.
As demais comparações também apontam queda de produção da indústria gaúcha. Em relação a fevereiro de 2022, o recuo foi de 13,3%. No acumulado de 12 meses, a queda é de 0,3%.
Varejo
Em fevereiro, o volume de vendas no comércio gaúcho recuou 0,4% frente a janeiro, segundo o IBGE. Sobre o mesmo mês de 2022, o varejo cresceu 7,5%, acumulando alta de 7,3% nos últimos 12 meses.
Já o volume de vendas do varejo ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de Veículos, motos, partes e peças, Material de construção e Atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo, subiu 1,9% frente ao mês imediatamente anterior.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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