As quedas recentes no preço do diesel não devem impactar nas tabelas de frete. De acordo com o vice-presidente de Transportes do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística do Rio Grande do Sul (Setcergs), Diego Tomasi, a tendência é que não haja redução nos fretes por conta de outros custos que subiram para as distribuidoras nos últimos anos, o que causou uma "defasagem" nas margens.
Tomasi encaminhou à coluna um comunicado do Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Técnicas e Econômicas da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística que mostra que outros preços também subiram no último ano, como os dos veículos, dos seguros e da ARLA, um líquido obrigatório usado para reduzir a emissão de poluentes. De acordo com a entidade, nem todos esses custos conseguiram ser repassados.
"Permanece elevada a quantidade de empresas transportadoras que não conseguiram repassar aos seus fretes os aumentos dos últimos anos comprometendo bastante os seus caixas", diz parte do comunicado.
Apesar de não haver tendência de reajuste para baixo, o Setcergs vai se reunir na terça-feira (7) para debater o tema.
Como a coluna noticiou, o diesel voltou a ficar abaixo dos R$ 6 no Rio Grande do Sul após quase um ano. De acordo com o último levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o litro do chamado S500 foi vendido, entre os dias 19 e 25 de fevereiro, por R$ 5,82. \Já o S10 - que tem menos enxofre e é o mais utilizado para veículos fabricados após 2012 - foi vendido a R$ 5,85. Saiba mais: Após quase um ano, diesel volta a ficar abaixo dos R$ 6 no RS
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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