Giane Guerra
São tempos difíceis para o crédito. Primeiro, a taxa básica de juro, a Selic, está alta. Ela é usada como referência para as operações de empresas e pessoas físicas, que, com a elevação, ficam mais caras e restritas. Com reunião marcada para esta semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) só vai reduzí-la quando achar que não há mais ameaça forte à inflação. Havia, no ano passado, uma perspectiva de que começasse a cortar a Selic na metade de 2023, mas a pressão de alta de preços e o receio com as contas públicas do governo federal empurraram as previsões para o final do ano. Por enquanto, a pesquisa Focus, feita pelo Banco Central com as apostas do mercado, aponta para um juro básico de 12,75% no final do ano. Ou seja, um corte pequeno e somente no médio prazo. Vai ajudar se emplacar essa nova âncora fiscal que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, colocou na mesa.