O jornalista Daniel Giussani colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço
Startup de Porto Alegre que mescla serviços financeiros e de saúde, a Hygia Saúde — antiga Hygia Bank, rompeu o contrato que tinha com o jogador Daniel Alves, após ele ter sido acusado de agredir sexualmente uma mulher em Barcelona e ser preso na Espanha. O co-fundador e CEO da empresa, Maikol Parnow, falou com a coluna sobre a rescisão do contrato.
— Nós fizemos um acordo para o uso da imagem do Daniel por conta de toda a história dele na carreira de atleta, que era um exemplo de saúde, performance e longevidade também. Quando ficamos sabendo da situação, decidimos que não fazia mais sentido pro negócio seguir com a parceria de uso da imagem dele com a nossa marca — disse.
O rompimento do contrato ocorreu no final de janeiro, poucos dias após a notícia começar a circular. De acordo com Parnow, foi feita uma conversa entre os sócios para tomar a decisão. Uma nota também foi disparada nas redes sociais, dizendo que a Hygia se solidariza com as vítimas e que torce para um desfecho "com apuração correta dos fatos e o seguimento do devido processo legal".
A coluna já tinha noticiado que Daniel Alves fazia parte da equipe da empresa. Ele atuava como "embaixador da marca", emprestando sua imagem para campanhas de marketing. De acordo com Parnow, não haverá multas pelo cancelamento e o contrato não tinha um prazo estimado.
— Nunca fizemos nenhum juízo de valor, até porque nem é o nosso papel fazer isso, mas espero que tenha um desfecho mais breve possível, porque é uma situação muito difícil para todo mundo que tá envolvido — diz.
O suposto estupro teria ocorrido no dia 30 de dezembro do ano passado. O ex-lateral direito da Seleção Brasileira está preso na Espanha desde o dia 20 de janeiro. Na última sexta-feira (3), oito pessoas que estavam na casa noturna Sutton, em Barcelona, na noite em que o suposto crime ocorreu, prestaram depoimento à Justiça. Ele nega todas as acusações. A coluna tenta contato com a assessoria de imprensa do jogador para comentar sobre a questão da Hygia.
Em agosto do ano passado, a Hygia recebeu um aporte de 3 milhões de euros (cerca de R$ 15,5 milhões) da Amad, uma holding criada por investidores brasileiros e espanhóis. À época, anunciavam, também, a entrada de Daniel Alves na equipe. Saiba mais: Com jogador Daniel Alves na equipe, empresa gaúcha de saúde recebe R$ 15 milhões em investimento
Colaborou Guilherme Gonçalves
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br) Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br) Leia aqui outras notícias da coluna