O jornalista Daniel Giussani colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço
Empresa de automação industrial de Santa Catarina, a Sensorville comprou a gaúcha Spheric, de Novo Hamburgo, que tem atuação no mesmo setor. Essa será a primeira operação física da catarinense no Estado, que já atuava por aqui com consultores técnicos e vendedores em cidades como Caxias do Sul e Panambi. Um dos objetivos da aquisição, claro, é expandir a atuação em solo gaúcho. O valor negociado não é divulgado.
— A compra foi o pontapé inicial para um ciclo de investimento muito grande. Vamos dobrar o time da Spheric e também ampliar a sede física. Vamos construir um laboratório de robótica corporativa. Queremos estar na indústria gaúcha, que tão bem nos recebeu. Queremos que ela brigue em pé de igualdade com a indústria norte-americana, com a indústria chinesa — falou o diretor de operações da Sensorville, Gustavo Gonçalves.
Atualmente, a Spheric tem cerca de 10 funcionários, que serão mantidos. O plano de crescimento nos postos de trabalho está atrelado à expansão pelas regiões do Estado. Além dos engenheiros que atuam na sede, há consultores externos, que vão até às indústrias entender o que elas precisam.
— O nosso plano é estar em todas as pontas do Rio Grande do Sul. Ter em Santa Cruz do Sul, Rio Grande, continuar em Caxias do Sul e no norte do Estado. Ampliar também na Região Metropolitana, com a estrutura de Novo Hamburgo.
Por enquanto, a marca continuará se chamando Spheric. O plano de expandir a unidade física é para 2024, depois de todo processo de integração entre as duas empresas.
A coluna conversou também com Giuliano Hoffmann, que vendeu a empresa. Segundo ele, pesou para decisão a perda da exclusividade da venda no Estado da Banner Engineering, uma das líderes mundiais em fabricação de sensores. Também levou em conta fatores políticos e a proximidade dos compradores.
— Quando eu comecei a trabalhar com a Banner, o Amauri (dono da Sensorville) foi meu padrinho, tivemos muita troca, e eu sabia da intenção de fortalecer a empresa no Rio Grande do Sul.
Agora, Hoffmann irá se dedicar a sua startup, a FlokiSys, que faz os programas (os softwares) para automação. A ideia, inclusive, é que no futuro possam cooperar com a Sensorville.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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