O jornalista Daniel Giussani colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço
Diferente do resultado nacional, que mostrou uma leve queda de 0,2%, a busca de empresas gaúchas por crédito fechou 2022 com um crescimento de 1,5%, de acordo com levantamento enviado à coluna pelo Serasa Experian. Foi o primeiro ano em que a pesquisa estadual foi realizada. Pelo Brasil, o desempenho foi misto: 21 Estados tiveram crescimento, cinco, recuos, e em um, estabilidade. Os motivos que levam um negócio a tomar crédito vão desde a abertura, de fato, até ter capital de giro ou capacidade de realizar um investimento.
Na análise por porte, a queda mais acentuada, no Brasil, foi na demanda por crédito das médias empresas (-8,1%), seguida pelas grandes, com recuo de 4,9%. A alta de juros e o maior grau de incerteza na economia afastaram negócios desses tamanhos da tomada de dinheiro emprestado, diz Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.
— Apenas as micro e pequenas empresas mantiveram estável o seu nível de demanda por crédito em 2022 com relação ao ano anterior.
Geralmente, são os negócios que sentem mais rapidamente os impactos de uma desaceleração econômica e precisam tomar crédito de curto prazo para continuar operando, explica o economista. Pelos Estados, chama atenção o número do Paraná, que teve um recuo na demanda por crédito de 14,9%. Já o maior crescimento foi em Mato Grosso, com elevação de 14,9%.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br) Leia aqui outras notícias da coluna