Termina nesta sexta-feira (6) o prazo para solicitar à concessionária a conexão para gerar energia solar garantindo a isenção total da taxa para uso da rede elétrica até 2045 com o que é produzido a mais para gerar crédito posterior. Se o projeto tiver problema e voltar ao consumidor, ele perde o direito ao benefício inteiro. A partir de agora, a retirada do subsídio será progressiva.
Os consumidores tiveram um ano para tornarem-se geradores de energia com o incentivo máximo. A corrida foi grande, principalmente nos últimos meses, gerando fila para análise na RGE e na CEEE Equatorial, as duas principais concessionárias no Rio Grande do Sul. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), já são mais de 240 mil consumidores gaúchos beneficiados por quase 190 mil sistemas. Os investimentos superam R$ 9,3 bilhões, com praticamente 50 mil empregos gerados no setor.
Quais são os prazos agora? A concessionária tem de 15 a 60 dias para analisar o pedido, dependendo do porte da usina. Depois, o cliente de microgeração tem até 120 dias para começar a produzir e manter a isenção da taxa. Isso significa placas instaladas, sistema instalado e medidor trocado, alerta a coordenadora da Absolar no Rio Grande do Sul, Mara Schwengber.
Em tempo, o fim do prazo não é terra arrasada. Continuará valendo a pena instalar o sistema. O tempo de retorno do investimento, considerando o abate na conta de luz, subiria, por exemplo, de quatro anos para quatro anos e meio. Aliás, Mara explica que há casos em que a nova regra traz até vantagem para o cliente:
- Como o custo de disponibilidade não será pago em duplicidade - tarifa mínima do mono, bi e trifásico - nos dois primeiros anos, pode até ser maior a economia do que é hoje. Depois, aumenta gradualmente.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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