Mesmo com a redução dos tributos pela lei federal pré-eleições, a arrecadação aumentou em 2022. No país, os brasileiros já pagaram R$ 2,5 trilhões, 11% a mais do que no mesmo período do ano passado. No Rio Grande do Sul, são R$ 145 bilhões, o que também representa uma alta de 11% em relação a 2021.
O dados são do Impostômetro, ferramenta de monitoramento da carga tributária mantida pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A quantia representa a soma de todos os impostos pagos pelos contribuintes brasileiros aos governos federal, estaduais e municipais desde o início do ano. Entram na contabilidade impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas.
Mas como aumentou arrecadação se houve redução de alíquotas tributos, como os federais e o ICMS para combustíveis, energia elétrica e telecomunicações? O economista da ACSP Marcel Solimeo explica um dos motivos é a inflação. Tributos indiretos, como ICMS, incidem sobre o preço final. Além disso, a recuperação da atividade econômica e os bons resultados de grandes empresas também explicam o montante maior.
- O maior crescimento da arrecadação ocorreu na esfera do governo federal, que fica com cerca de 66% da tributação total, embora redistribua parcela dessa receita para Estados e municípios - acrescenta ele.
A carga tributária do Brasil gira em torno de 40% do Produto Interno Bruto (PIB). Ou seja, caso não houvesse a redução das alíquotas, esse percentual seria ainda maior.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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