Rede mundial de lojas com 180 anos e sede na Bélgica, a C&A desenvolve coleções específicas para o gosto dos gaúchos, especialmente das gaúchas. As peças têm cortes e cores peculiares, que até atendem o consumidor de outros Estados do Sul, mas são criadas a partir do que o cliente do Rio Grande do Sul usa, especialmente no inverno, contou ao chefe de operações da empresa, Aurélio Gruntoski, em entrevista ao podcast Nossa Economia, de GZH.
— Fazemos calças específicas, de montaria, jeans. A cliente gaúcha usa menos aquelas bocas mais abertas, calça flare, no inverno, porque ela quer usar bota junto — disse.
O tamanho das peças também muda. Diferentemente do Nordeste, onde se vende mais roupas P e PP, o tamanho mais procurado no Rio Grande do Sul mais procurado é o M.
— Percebemos que há um comportamento muito europeu. Cores mais clássicas também têm maior consumo no Sul.
Sobre o público masculino, Gruntoski conta que os homens buscam muito casacos de lã batida, que é "mais dura". Há, ainda, uma boa procura por roupas para praticar exercício e por calças e casacos jeans.
Mudanças que ficaram
O comportamento do cliente mudou com a pandemia e tende a manter algumas alterações, avalia o chefe de operações da C&A, Aurélio Gruntoski. O isolamento social turbinou a busca por roupas mais confortáveis, como moletons e pijamas. Como a procura segue alta, a rede mantém peças do tipo nas lojas.
A C&A foi fundada em 1841 pelos irmãos holandeses Clemens e August. A empresa tem, atualmente, mais de 1,8 mil unidades em 24 países da Europa, América Latina e Ásia. No Brasil, entrou em 1976, com a inauguração da nossa primeira loja no Shopping Ibirapuera, em São Paulo. Hoje, já tem mais de 320 lojas em 150 cidades brasileiras, nas quais empresa 15 mil pessoas.
Colaborou Guilherme Gonçalves
Ouça a entrevista completa:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br) Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br) Leia aqui outras notícias da coluna
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