Além de espaço para negócios, a Expointer é palco para debater assuntos importantes para o agronegócio. Entre eles, está a irrigação como solução para as estiagens, tema das perguntas da coluna ao secretário Estadual da Agricultura, Domingos Velho, em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha:
Na Farsul, o senhor comandava discussões sobre a irrigação. Agora, no governo, conseguiu algum avanço?
A própria Expointer vai demonstrar a maturidade das entidades representativas e, principalmente, a relação dessas entidades com os órgãos de controle, como o Ministério Público, Legislativo e Executivo, onde nós estamos. O que eu quero dizer com isso? Temos esgotado de forma muito técnica todas as intersecções possíveis nas soluções. Tanto é que saiu uma súmula, que resolve por demais a questão da intervenção em APP (área de preservação permanente), principalmente no mapa do bioma Mata Atlântica, trouxe a revisão do mapa hídrico, que está sendo extremamente bem trabalhado o termo de referência junto à Secretaria do Meio Ambiente, mas principalmente a construção e o entendimento do esgotamento de todas as pautas na seara jurídica para que possamos, sim, fazer intervenção. E mais do que isso: temos para levar ao nosso Conselho Estadual do Meio Ambiente, onde a sociedade civil se manifesta com todos os seus entes, buscando construção de possibilidades de aumentos de licenciamento, medidas de posse, ou seja, trazendo "à baila" a questão técnica. E muito importante, além da questão da irrigação e da reservação de água, que tem sido o nosso foco, a outra vedete da Expointer será o carbono. Nós teremos uma pauta muito técnica com todo o Ministério da Agricultura e as entidades que trabalham essa seara técnica quanto à emissão versus balanço de carbono. Iremos trabalhar todas as cadeias produtivas do Rio Grande do Sul, além da pauta de unidades de conservação, campo nativo, para nós termos dados oficiais mostrando aquilo que o mundo já sabe: que nós temos um balanço zero ou quase negativo de carbono. Temos, sim, a emissão, mas voltaremos a trabalhar aquilo que a COP26 trouxe como âmago da questão, que é o balanço de carbono e não apenas a emissão. Vamos trabalhar tecnicamente esgotando as soluções e trazendo a nova imagem da conciliação entre o desenvolvimento sustentável com a preservação do meio ambiente, crescimento econômico e, principalmente, foco no crescimento social da nossa sociedade.
À coluna, o presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas do Rio Grande do Sul (Simers), Cláudio Bier, contou que está sendo construída uma proposta de "Fundopem da irrigação" para dar incentivo de ICMS. Considera viável?
Essa demanda já veio do Simers. Tem sido trabalhada, já conduzimos isso à nossa coordenação através do chefe da Casa Civil, e está sendo levado à Fazenda. Tudo que for possível na construção de soluções, principalmente valorizando as empresas gaúchas e tendo foco na irrigação, reservação de água, terá foco nosso de trabalho. O que for possível será feito.
Ouça a entrevista completa:
Colaborou Vitor Netto
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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